Russell diz que Mercedes precisa “adicionar downforce” no carro: “Não há milagre”

Chefe da Mercedes, Toto Wolff disse que o problema do carro é ser difícil de "ser acertado e pilotado". Para George Russell, entretanto, a grande questão é a falta de downforce

A Mercedes passou por mais um fim de semana extremamente difícil no GP da China, com Lewis Hamilton forte na corrida sprint, mas caindo apenas no Q1 da classificação logo depois. Novamente, a equipe alemã apresentou uma oscilação enorme em termos de performance, e Toto Wolff — chefe da esquadra — disse que o carro apresenta dificuldades que o levam a estar sempre no limite. Segundo ele, a situação do time “está longe do ideal”.

“Acho que o carro é difícil de acertar e difícil de pilotar, e é por isso que temos essas oscilações de performance”, disse Wolff. “Acho que onde o carro está — e onde o carro de Lewis [Hamilton] está — é certamente longe do ideal. Está andando no limite”, analisou.

“Então, o que pode ser? Essa é nossa posição. Para Miami, levaremos pequenas mudanças, e será interessante ver como elas vão performar no carro”, pontuou.

George Russell, entretanto, tem uma visão diferente sobre o assunto. Na opinião do inglês, o trabalho precisa ser em torno de adicionar downforce ao carro, e o acerto representa apenas ajustes finos que podem ser encontrados ao longo dos finais de semana. O inglês disse que a falta de pressão aerodinâmica é o verdadeiro problema do W15.

Russell não está feliz com a pressão aerodinâmica do W15 (Foto: Mercedes)

“Tivemos dois acertos diferentes neste fim de semana, e os dois produziram voltas e performance muito similares”, lamentou Russell. “Então, o trabalho precisa voltar para a fábrica e, na F1, quanto mais downforce você tem, mais rápido você é. O acerto é apenas a cereja do bolo”, avaliou.

“Acho que não há uma bala de prata [milagre]”, afirmou. “Precisamos continuar adicionando performance e focando no básico, que é no túnel de vento e no CFD [dinâmica de fluidos computacional]: adicionar downforce. Talvez, seja simples assim”, comentou.

Russell ressaltou as mudanças recentes da Mercedes em busca de um nível que a permita voltar a brigar por vitórias, algo que só aconteceu uma vez desde a introdução do regulamento técnico de 2022. Com atualizações previstas para Miami, o inglês não demonstrou grande expectativa sobre uma mudança na situação.

Hamilton sofreu com o ritmo em pista seca na China (Foto: Mercedes)

“Acho que entendemos o bastante para ver que precisamos adicionar downforce”, prosseguiu. “Mudamos de filosofia e mudamos o conceito algumas vezes ao longo dos dois últimos anos. Minha visão é de que não importa o conceito que você tem, você precisa ter o máximo de downforce possível. Depois, você lida com as limitações”, opinou.

“Então, vamos ver em Miami. Temos algumas atualizações chegando para o carro. Vamos ver o que podemos fazer com isso”, finalizou Russell.

Fórmula 1 retorna em duas semanas, no dia 5 de maio, com o GP de Miami, no circuito de rua montado ao redor do Hard Rock Stadium em Miami Gardens, Flórida, nos Estados Unidos.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.